sábado, 30 de janeiro de 2010

Direto da TV


Esta é a imagem de algumas crianças haitianas agradecendo os integrantes do Big Brother Brasil, pois todos os que estão participando comprometeram-se em doar um trerço do premio de 1,5 milhão de reais para o pobre país.
O que esta gente não faz por promoção pessoal...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Curtas da internet

Recebi um e-mail hoje que era vírus com certeza. O assunto dizia: Conheça o antivírus gratuito da Microsoft. Vírus na certa, pois Microsoft e grátis são antônimos, além de ser impossível construir uma frase com sentido que tenha essas duas palavras.



Tava baixando uns seriados na internet e me deparo com a seguinte declaração no fórum:
“venho aqui tambem da os parabens para o sait que sempre esta atualizado. sobre a serie HEROES é tudo de bom, espero que nesta proxima temporada tenha mais ação e efeitos –
eu era fãn do Peter mais agora sou fãn do Sayler ele tem muito mais postura de heroi e vilão.
sayler é o cara da serie, para mim os mais massa da serie é:
Hyro – cler – peter – noar – bom espero que esta serie venha com tudo neste ano de 2010………”
Deve ter prestado o ENEM este ano... ou é parente da Carla Perez.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Isso aí é trololó!!!

Já que é dia de São Sebastião, padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, a frase de hoje é de um político carioca. O governador do estado, Sérgio Cabral, comentava a atuação da agetransp, que apesar dos vários problemas com o metrô não havia sequer dado uma multinha à concessionária. Então ele disparou em defesa da agência reguladora e seus diretores:

“O presidente da agetransp é uma pessoa de bem!!!”

Até entendo as globais usarem esses termos para se referirem às colegas de trabalho, mas um governador defender a permanência de alguém num cargo nesses termos?! Cheguei a sentir saudades do Collor e do seu pessoal PhD...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Isso aí é trololó!!!

Num dos seus quadros o CQC entrevistou Paulo Salin Maluf e César Maia. Tratando-se desses dois só podia sair trololó.


O entrevistador pergunta:

O senhor já roubou alguma coisa?

Maluf responde sem titubear:

Não necessariamente...

Em outra pergunta o entrevistador pergunta se ele havia mentido em alguma pergunta e ele explica:

Muitas vezes você é obrigado a não contar a verdade... mas não quer dizer que você mentiu!



Dá pra ver que ele possui uma noção ética um tanto quanto particular, não?!

Isso aí é trololó!!!

Hoje inauguro um novo tipo de postagem. Serão inteiramente dedicadas a grades frases dos nossos políticos. Vou por o contexto da frase e reproduzi-la. Espero que seja de grande inspiração para seus corações e mentes.Como não podia deixar de ser começo com a mais antiga que tenho memória, do nosso Ex-presidente FHC. Também dará o nome das publicações.

Numa coletiva de imprensa, desculpando-se sobre algo ou alguém, ou mesmo tentando desmentir alguma coisa, ele dispara:


“Isso aí é TROLOLÓ!!!”

Dava pra entender se o Lula tivesse dito isso, mas um doutor, sociólogo e blá blá blá?! No mínimo, deve ser isso que se ensina em sociologia....

A Paz e o Preconceito

Adoro festinhas! Principalmente quando você tem a oportunidade de conhecer e conversar com pessoas novas, e quem sabe algo mais. Estes dias estava eu num desses encontros sociais regado a pessoas de diferentes origens, com grupos de amigos diferentes, enfim, uma grande zona. Contudo foi bem legal. Apesar de haver de hippies a patricinhas, de gays a machistas, de anarquistas a psdbistas, saltos altos e rasteirinhas, chinelos e all stars, todos se comunicavam na mais perfeita paz.

Problema, é que quando a paz reina entre pessoas tão diferentes, a linha que a mantém torna-se bastante tênue. Uma atitude que contradiga o estilo de vida da outra ou uma frase mal colocada pode acabar com toda essa paz. Você não pode simplesmente falar mal de saltos plataforma, de como acha estúpido pagarem oitocentos reais num vestido (que no fim das contas é um pedaço de pano costurado), não pode falar mal de maconheiro, política então, é o assunto a ser evitado.

Mas eu como bom bêbado, sem noção e ácido como ninguém, tinha que perturbar toda essa serenidade. Estava conversando com um rapaz, amigo de uma amiga minha, que por acaso é gay. Até aí problema algum, porque já o conhecia de antemão e ele sempre pareceu um cara gente fina. É um pouquinho afetado, mas conheço héteros muito piores e isso nunca foi um problema.

A questão é que não é necessário ser gay para ser afetado, fato! Esses adjetivos que por longa data se usaram para caracterizar e, principalmente, diminuir os gays, não se aplicam mais apenas aos homossexuais. Acredito até que há muitos héteros bem mais mal resolvidos que homos. Afinal, o homossexual já tem a sua sexualidade mais ou menos resolvida, suas premissas e tudo mais. Já o hétero, principalmente dos nossos dias, não é tão seguro de si, pois não tem aquela sociedade que o apóia irrestritamente. Olha que eu conheço uma pá (talvez até um carrinho de mão) deles!

Portanto, o que se passou foi uma mudança no significado de algumas palavras, oriunda de uma mudança mais profunda da nossa própria sociedade. Precisa ser um Diogo Mainardi para não perceber. Mas o rapaz com quem eu falava, certamente, era de uma safra meio assim, coisa que eu não tinha percebido até então. Estávamos nós conversando sobre alguém, que devido ao álcool eu não vou lembrar, que possuía uma visão de mundo meio restrita e afetadinha. Daí eu disparei, “Mas esse cara é um viadinho!!”, querendo dizer que ele era meio recalcado e coisa assim.

Obviamente levei um fora daqueles, com direito a um olhar de nojo que me deixou do tamanho de uma pulga. Logo depois pensei, eu bem que podia nem ter parado para conversar com esse cara, podia ser preconceituoso, achar que homossexualidade é uma doença e coisas mais bizonhas do gênero, mas eu não consigo. Só ficou aquela vontade de ser machista ao extremo, de nunca ter tido, na infância e adolescência, aquelas conversas com a Lu sobre sexualidade. É... pelo menos descobri que o preconceito não está nas palavras, está nas pessoas.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Os Dez Mandamentos do Trânsito Carioca

Qualquer um sabe que o trânsito carioca é um tanto caótico. Não pelos engarrafamentos, como em São Paulo, mas pela mentalidade e ações dos nossos motoristas. Contudo, só experimentando ir para o meio desse trânsito é que sabemos como ele é de fato caótico. No meu caso, o trabalho de campo não se deu a partir do momento que comecei a dirigir um carro, na verdade foi uma bicicleta.
Dirigindo essa bicicleta fui vendo o que acontecia, até porque essa mania de ser politicamente correto me fez parar em sinais, não andar na contramão ou calçadas. Devem estar achando que eu sou um idiota, talvez seja. O fato é que desde que elegi a bicicleta como meu principal meio de transporte tenho seguido as regras (exceto pelo álcool e direção).
Daí tive que me meter no meio do trânsito, porque da Tijuca pro Centro (de onde moro para onde trabalho) não há uma única ciclovia. Foi aí que vi como funciona o trânsito carioca, como os motoristas são amáveis uns com os outros e, principalmente, como todos, de ônibus a motos, respeitam e reconhecem os ciclistas. Fantástico! É de chorar...
O que se segue é uma pequena lista dos dez mandamentos cariocas, feito a partir dessa gratificante experiência que é dirigir no Rio de Janeiro. Podia incluir uma lista bem maior, mas esta parece-me sintetizar o espírito da coisa.



1º Buzinai-vos uns aos outros

2º Tu és o único nesta estrada

3º Não reconhecerás outro motorista além de ti

4º Não fiques na pista da direita em vão, ultrapassa

5º Lembra-te dos fins de semana, só há péssimos motoristas

6º Xingarás sempre que possível

7º Quando bateres, nunca admitas a culpa

8º Jamais darás passagem a pedestres ou bicicletas

9º Ultrapassa os sinais Vermelhos

10º Sempre que o carro do outro for melhor, amassa-o

Lições Midiáticas

Esses dias me peguei vendo video show. Estava almoçando e passava o infame programa, que serve apenas para promover outros programas da emissora que o transmite. Belíssima utilidade, heim?! Naquele vai e vem de besteiras e futilidades vi uma atriz, nem sei como descrevê-la, dessas que está começando, fazendo malhação ou coisa assim, se explicando por causa de um vídeo que a mesma postara na internet e causara grande repercussão.
Daí me detive para ver o que ela havia feito ou dito no tal vídeo. Não passou na integra, mas as partes que apareceram, que eu prestei atenção pelo menos, ela falava que não era nada diante de um universo tão grande, que não tinha problemas e coisa assim. Obviamente isto me levou a ver as asneiras que ela disse na integra. Assim que terminei de almoçar fui pro youtube para ver aquele manancial de sabedoria.
Comecei a assistir o vídeo e aquela menina fazia o discurso completamente resfolegante, dizendo o dia e o lugar, que por acaso era dia de Santa Bárbara, de Iansã. Ela, uma pobre menina rica, que desde os cinco anos não punha os pés no Jardim Botânico, decidiu entrar lá nesse dia. Ficou extasiada, tomou banho de chuva e decidiu mudar sua atitude perante as pessoas, o mundo o cosmos! Incrível!!!
Depois o discurso começa a ficar meio lenga-lenga, tipo o segredo (aquele livro fundamental para qualquer patricinha ou dondoca), cheguei até a pensar que algumas coisas podiam ser fruto de uma ida à sessão do descarrego, visto o discurso ecumênico da menina. Porém, como infelizmente tenho o tal livro em casa (fruto de duas mulheres bem antenadas na moda literária), fui dar uma folheada para ver de onde vinha o discurso.
Claro, estava tudo lá naquele bendito livro! As mudanças são fruto do poder da mente, da consciência, e todo esse trololó. Mas o que me impressionou, de verdade, foi a menina dizer que ela não tem problemas, que ninguém tem problemas! Ora, ela realmente não deve ter problemas, mas dizer que ninguém tem problemas só pode ser fruto de uma vivência restrita, limitada pelos bairros de Ipanema, Lebleon e adjacências. Esse é o problema dela, que a tão aclamada consciência dela não percebe, mas fazer o quê?!
O pior de tudo, que ao escrever este texto acabei fazendo uma mini pesquisa. Meio superficial, é verdade, mas dei uma olhada no youtube, uma lida num livro medonho e ainda assisti o tal video show. Foi aí que de súbito, como a menina do vídeo, tive uma mudança na minha percepção de mundo e de vida. Descobri que ninguém fica a salvo da implacável industria de produção de bobagens culturais, nem mesmo eu(quanta presunção!), que deveria ter um certo distanciamento devido à minha área de estudo.
Falar nisso… alguém já tem um palpite para o vencedor do big brother?!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Leituras Fundamentais

Já há alguns anos desenvolvi o hábito de ler no banheiro. Por mais rápido que o serviço seja não consigo ficar ali sem ler alguma coisa. Às vezes é uma bula de remédio, outras os ingredientes de shampoo, sabonete, perfumes, esmaltes e coisas que se encontram em banheiros com alguma coisa escrita. Ultimamente tenho deixado um livro no banheiro para não ter que recorrer a essas leituras esdrúxulas.
O que nunca tinha me ocorrido é que há coisas que parecem ser escritas justamente para esses momentos. Apesar dos meios de comunicação exercerem sobre mim um fascínio incrível, nunca tinha me atentado para o fato de existirem produções específicas para certas situações. Há revistas e livros que são ótimas distrações.
Por exemplo, quando você vai ao consultório médico, é normal encontrar revistas como a caras, a veja, a época e outras do tipo. Elas não estão ali para nos enriquecer de alguma forma, não! O propósito delas é distrair-nos enquanto esperamos ser chamados. Dependo do lugar serve até como estímulo. Quem tem medo de dentista, quando vai ao consultório, deveria somente “ler” a caras. Todos aqueles sorrisos perfeitos, muito brancos e alinhados, aquelas senhoras com noventa anos e um sorriso impecável, só pode servir como exemplo daquilo que você está fazendo lá.
Quando você consulta um advogado por causa da sua ex-mulher, que está pedindo uma pensão exorbitante, seria de bom tom ler a época, a veja ou a istoé. Você vai ver que há uns fazendeiros, pobres coitados, que tiveram a fazenda invadida por inescrupulosos sem-terra, que acabaram com infindáveis hectares de eucalipto, laranja ou soja. Alguns hectares eram até fruto de grilagem, mas eram produtivos, ora! E afinal, quem é o latifundiário que nunca grilou um hectarezinho?! Aí você “vê” que a sua situação não é tão má, até porque o latifundiário não tem quem processar, pois os furiosos sem-terra não são uma entidade jurídica.
Porém, não são só as revistas que têm sua produção voltada para ocasiões específicas, há alguns livros com esta finalidade. Se você está fudido, sem grana, sem emprego e perspectiva é bom ler “O Segredo”. Mesmo que não mude em nada a sua penúria, vai dar-lhe uma postura em relação ao mundo inteiramente nova, você vai encarar a miséria de maneira positiva, talvez até consiga um bolsa família.
Agora, a revista que me levou a pensar nesta baboseira toda ainda nem foi citada. Ela serve pra você que tem uma banda, que acha que ela jamais fará sucesso, que durante um ensaio de duas horas não se consegue acertar mais que duas músicas inteiras. Tem uma publicação que vai te estimular, mais que isso, vai te mostrar que tudo é possível e, certamente, ela está disponível no estúdio. Quando você estiver bem puto e sem tesão, diga aos seus companheiros que vai ao banheiro, pegue a rolling stone e leia-a dando uma boa cagada, pois é pra isso que ela serve!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Entre a Necessidade e a Adaptação

Essa coisa de ser português e não ter quase vestígios da minha cultura natal é uma coisa! Vira e mexe alguém me pergunta: Por quê seu apelido é Portuga? Depois de quatorze anos já tenho algumas respostas preparadas, mas elas sempre dependem de quem pergunta e do meu humor.
Se eu estiver de bom humor digo logo a verdade, que nasci em Portugal e que vim pra cá na adolescência. Se for alguém meio chato querendo puxar assunto, seja homem ou mulher, eu digo que é por causa da minha falta de inteligibilidade (já sabendo que a pessoa dificilmente saberá que me estou chamando de burro, mas quem mandou perguntar?!). Se estiver muito bem humorado faço uma graça, digo dever-se ao meu bigode, que é uma semelhança que procuro manter com a minha mãe.
Agora, um destes dias fui entregar uma prova e a professora puxou assunto. Perguntou como eu tinha ido, se tinha feito boa prova. De pronto respondi o que ela saberia quando a corrigisse, fui muito bem na primeira questão, mas dei uma escorregada na segunda. Não satisfeita perguntou-me: Você é português, né?! Coisa que ela já sabia, pois certa aula ela foi fazer uma graça com meus patrícios e sua lógica peculiar e alguns alunos riram, como se houvesse um português na sala. Óbvio, lá estava eu rindo junto dos meus colegas pela gafe da professora. Ela meio sem jeito apercebeu-se da situação e perguntou se havia algum português na sala. Assim ela descobriu que eu era português.
Contudo, jamais esperei aquela pergunta de uma professora, mas entendo, vindo de uma socióloga é até normal. Problema é que eu não podia dar aquelas respostas prontas ou ácidas, né? Ainda mais quando ela disparou uma série de questões relacionadas: Mas você não tem sotaque?! É praticamente um brasileiro?! Você está há muito tempo aqui?
Bem, respondi tudo com calma e polidez, mas pensando em silêncio outra coisa. É que a senhora não era um português no início da adolescência, vindo do interior, pouco adaptado às maldades e malandragens cariocas, ainda por cima, que foi estudar num colégio do subúrbio, nem “tinta” eu podia falar, pois era motivo de chacota. Queria ver se a senhora não perdia o sotaque e o jeito de português rapidinho! Foi também por causa disso que tomei ódio mortal pela seleção brasileira, mas isso é outra estória...